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Segundo a OAS, o pedido foi aceito pelo juiz Daniel Carnio Costa, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
As empresas em recuperação são Construtora OAS, OAS SA, OAS Imóveis, SPE Gestão e Exploração de Arenas Multiuso, OAS Empreendimentos, OAS Infraestrutura, OAS Investments, OAS Investments GmbH e OAS Finance.
A OAS afirmou em comunicado que todas as dívidas assumidas a partir de abril serão integralmente cumpridas. Pagamentos de salários e benefícios de mais de 100 mil funcionários diretos ou indiretos não serão afetados pelo processo, disse a empresa.
O administrador judicial nomeado para a recuperação foi o escritório Alvarez & Marsal Consultoria Empresarial do Brasil.
— A iniciativa de entrar em recuperação judicial foi o melhor caminho encontrado pelo Grupo OAS para renegociar suas dívidas com credores e fornecedores diante da intensa restrição de crédito verificada desde o final do ano passado para as empresas do setor de infraestrutura em razão das investigações na Petrobras — afirmou o grupo.
A assessoria de imprensa da OAS informou que o total das dívidas da companhia é de R$ 8,262 bilhões, com base em números setembro de 2014. Com a alta do dólar, o valor foi corrigido chegando aos R$ 9,1 bilhões que constam na ação, disse a assessoria de imprensa da OAS. Os detalhes da ação estão sob sigilo.
Em janeiro, a OAS anunciou a suspensão do pagamento do pagamento de juros e amortizações de suas dívidas à medida que os termos de negociação propostos pelos bancos para refinanciamento se tornaram mais duros com as alegações de envolvimento da companhia na investigação da Lava Jato. A OAS, segundo a Fitch, vem encontrando dificuldades para vender alguns de seus ativos, já que alguns credores conseguiram bloqueios.
A OAS reafirmou que vai vender ativos para se concentrar em sua "principal vocação, a construção pesada". Com isso, a empresa venderá participação da OAS SA na Invepar, no Estaleiro Enseada, na OAS Empreendimentos, na OAS Soluções Ambientais, na OAS Óleo e Gás e na OAS Defesa. A companhia também vai vender os estádios Fonte Nova, em Salvador, e a Arena das Dunas, em Natal.
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