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terça-feira, 30 de junho de 2015

Grécia está oficialmente em moratória, após fim do prazo para pagar € 1,6 bilhão ao FMI

Foto:Fonte O GLOBO // Blog ACBG
ATENAS — Às 19h (horário de Brasília) terminou o prazo que a Grécia tinha para saldar a dívida de €1,6 bilhão com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Oficialmente, portanto, o país está em deault, ou seja, em moratória. O Fundo confirmou que Atenas não pagou o valor devido. E também que o pedido do governo grego de estender o vencimento do pagamento da dívida para novembro não foi aceito de imediato. O assunto será discutido pelo Fundo nos próximos dias.
Mais cedo, fontes do diário alemão “Die Welt” informaram que o governo grego cogita suspender o referendo sobre o acordo da dívida com os credores europeus, que está marcado para domingo, 5 de julho.
O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, disse, na teleconferência com os ministros da zona do euro nesta terça-feira, que Atenas cancelaria a votação rapidamente ou recomendaria ao eleitorado que votasse a favor de um acordo com credores se os dois lados chegassem a um acordo.
Na noite desta terça-feira, o vice-premier da Grécia, Yannis Dragasakis, afirmou à rede de TV grega Skai, que o país enviou uma nova carta ao Eurogrupo com seis pontos de concordância capazes de aproximar os dois lados.

— Estamos fazendo um esforço extra. Podemos fazer esforço nesses seis pontos. Não posso dar detalhes, mas isso inclui pensões e pontos da reforma trabalhista — declarou.
Poucas horas antes do vencimento do prazo para o pagamento da dívida, a Grécia recorreu a uma cláusula esquecida do Fundo Monetário Internacional (FMI) para pedir o adiamento do pagamento da parcela de € 1,6 bilhão que venceria hoje. Segundo o capítulo V, seção 7 da carta de princípios do Fundo, um mutuário pode pedir para atrasar um pagamento para, no máximo, até cinco anos a partir da data do empréstimo. E o Fundo pode decidir isso sem consultar seus membros. O recurso foi usado apenas duas vezes na História, em 1992, e por países muito mais pobres — Nicarágua e Guiana.
O atraso poderia ser ainda maior se os Estados-membros levarem o pedido à votação — e tiverem 70% dos votos favoráveis. Essa manobra, no entanto, pode ser usada somente se entendido que o pagamento na data prevista "causaria dificuldades excepcionais para o membro". Essa hipótese nunca aconteceu na História do FMI. Os Estados Unidos detêm 16,7% do poder de voto no conselho do Fundo e os membros da União Europeia, juntos, cerca de 30%.
— Fizemos um pedido para o FMI solicitando que tome a iniciativa de atrasar o pagamento até novembro — disse o vice-primeiro-ministro Yannis Dragasakis, em entrevista à rede de televisão local ERT.



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