Aproximava-se das 21h quando começaram as apresentações da última noite, 24, do Forró Pé de Serra do Piripiri. O cantor, compositor e poeta Andrade de Sertânia e sua sanfona, acompanhados da zabumba, do triângulo e demais instrumentos, fizeram o público começar a contar os passos e arrastarem o pé.
Para dois casais tudo era novidade. Reginaldo e Ângela Maria da Silva, de Barretos (São Paulo), e Geraldo Sobrinho e Adélia Pereira, de Uberaba (Minas Gerais), estão viajando há mais de 20 dias, conhecendo o interior do Nordeste.
Assim que chegou no Gláuber Rocha, o professor universitário e advogado, Reginaldo da Silva, disse que a ideia era conhecer o São João do Nordeste. “Fomos até Juazeiro do Norte, no Ceará, e estamos retornando; chegamos hoje em Vitória da Conquista e fomos surpreendidos com esta festa maravilhosa aqui, que promete. Parabéns pela festa”.
A sua esposa e colega de profissão, Ângela Maria, fez questão de ressaltar o jeito do nordestino: “Ficamos muito impressionados com a receptividade das pessoas. Povo muito alegre, todo mundo tem boa vontade de informar. Estamos adorando”.
Já Adélia elegeu outro aspecto importante: “Nós estamos fazendo uma viagem muito bonita pelo sertão do Nordeste, mas o mais bonito de nossa viagem é nossa amizade. Nos conhecemos em 1981 e somos amigos até hoje”.
Prata da casa – Outro laço preservado no Forró Pé de Serra do Piripiri é a valorização dos artistas regionais. “Queria agradecer a Prefeitura que está fazendo este maravilhoso São João e este ano dando ainda mais valor para a prata da casa e oportunidade para fazermos este grande trabalho. E é muito bom ver a quantidade de gente que veio prestigiar os artistas da terra. Isso é um orgulho pra gente”, declarou Andrade de Sertânia.
O melhor cantor de xote da região, segundo o rei do baião Luiz Gonzaga, também esteve presente na festa. Edson Dias animou o público que veio prestigia-lo. Uma dessas pessoas foi o técnico em eletrônica, Cláudio Lopes.
O conquistense veio ao Glauber Rocha pela primeira vez com seus amigos. “Fiquei surpreso: segurança boa, público maravilhoso, povo carismático, estrutura diferenciada. Sou filho da terra, mas às vezes a gente deixa de curtir nosso lugar, achando que o município não proporciona bons lugares como esse. Está de parabéns a Prefeitura, muito organizado o espaço”, comentou.
Já era madrugada de sábado, 25, quando a terceira atração entrou no palco. A neblina começou a cair e o frio aumentou, mas o forró de Caetano Bomfim e Banda Perpétua continuou. O pessoal ficou “mais um bocadinho” e dançou “mais um tiquinho”. Em seguida, Robertinha, que se apresentava pela primeira vez depois da carreira solo, encerrou a oitava edição do Forró Pé de Serra do Piripiri.
“Eu acredito sempre na proposta da Prefeitura que é isso: valorizar os artistas da terra. E todos os anos estamos aqui representando o forró tradicional. É um privilégio fazer parte desta festa maravilhosa, onde a gente recebe famílias, crianças, idosos. Pra gente, é sempre uma honra”, afirmou a cantora. Com informação da SECOM
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