Os deputados estaduais Ney Leprevost (PSD), Felipe Francischini (SD) e
Márcio Pauliki (PDT) em comum, além da juventude, têm a militância
estridente contra a corrupção. Os três mosqueteiros foram vistos,
inclusive, nas passeatas do último domingo (13) esbravejando contra a
corrupção, o PT, e pedindo impeachment da presidente Dilma.
Qual o quê, Pauliki, Francischini e Leprevost NÃO assinaram
o requerimento para instalação da CPI da Corrupção no governo Beto
Richa (PSDB). O pedido de investigação é sobre a cobrança de propina na
Receita Estadual, que teria irrigado a campanha de reeleição do
governador tucano.
“Isso é combate seletivo à corrupção. Como é que o senhor, Ney
Leprevost, não assina nem sequer a CPI da corrupção no governo Beto
Richa?”, contra-atacou nesta terça-feira (15) o deputado Péricles Mello
(PT), em discurso antológico na tribuna da Assembleia (clique aqui para assistir na íntegra).
Assista um trecho do discurso de Péricles:
De acordo com as investigações do Ministério Público, auditores
corruptos identificavam empresas que deviam impostos para o estado e
cobravam propina para reduzir ou anular o valor das dívidas.
Levantamento realizado pelo próprio órgão indica que o prejuízo causado
aos cofres públicos chega a quase R$ 1 bilhão.
Nas ruas, ao lado de coxinhas ensandecidos, os três deputados se
manifestam juram que são contra a corrupção, mas na Assembleia
Legislativa do Paraná eles “afrouxam a tanga” e viram tchutchuquinhas do
Palácio Iguaçu, segundo colegas de parlamento.
Faltam apenas duas assinaturas para alcançar o número necessário (18)
para abrir a CPI da Corrupção do governo Beto Richa. O que impede os
parlamentares? Rabo preso ou indignação seletiva contra a corrupção?
O deputado Requião Filho (PMDB), líder da oposição, fez a chamada
nominal dos 16 deputados que “tiveram coragem” de assinar o pedido de
CPI da Corrupção.
Deputados que assinaram o pedido de abertura da CPI da Receita Estadual:Ademir Bier (PMDB)
Anibelli Neto (PMDB)
Chico Brasileiro (PSD)
Cláudio Palozi (PSC)
Evandro Araújo (PSC)
Gilberto Ribeiro (PRB)
Gilson de Souza (PSC)
Márcio Pacheco (PPL)
Nelson Luersen (PDT)
Nereu Moura (PMDB)
Paranhos (PSC)
Péricles de Mello (PT)
Professor Lemos (PT)
Requião Filho (PMDB)
Tadeu Veneri (PT)
Tercílio Turini (PPS)
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