Desde 2008, a Noruega tem dado enormes subsídios aos compradores de automóveis elétricos. Para se ter uma ideia, o Tesla S é o modelo mais vendido naquele país e os veículos movidos a baterias já representam 25% dos emplacamentos de carros zero-quilômetro - um recorde mundial.
O plano de incentivos deu tão certo que o goveno já avisa que reduzirá os incentivos nos próximos anos. Motivo: o estado está gastando muito para estimular o uso de uma frota "limpa".
Até agora, o país escandinavo tem feito de tudo para que a população adote automóveis ecologicamente corretos. Na Noruega, carros elétricos não pagam pedágio, ticket de estacionamento em vias públicas e, nem mesmo, passagem em balsas.
Além disso, os elétricos podem rodar nas pistas seletivas de ônibus e são liberados de pagar o "IPVA" local (que é draconiano para veículos comuns).
Um estudo da Statistisk sentralbyra, o órgão oficial de estatísticas daquele país, mostra que, ao longo de oito anos, cada automóvel elétrico vendido recebe o equivalente R$ 33 mil em incentivos governamentais.
Atualmente há 50 mil veículos elétricos emplacados na Noruega. Praticamente 100% da energia usada para movê-los é gerada por hidrelétricas - o que torna essa frota de carros uma das mais limpas do mundo. Mas quem não é adepto das baterias já começa a reclamar de isenções e benefícios tão vultosos.
Tantos novos carros elétricos já têm gerado engarrafamentos nas faixas seletivas, o que irrita os motoristas e passageiros de ônibus - especialmente em Oslo, que tem a maior concentração de automóveis "verdes" e é considerada a capital mundial dos carros elétricos.
Assim, a partir de janeiro de 2018, os elétricos deixarão se ser isentos de IPVA, passando a pagar 50% do valor normal. A partir de 2020, deverão pagar o mesmo que os automóveis a gasolina.
Hoje, a isenção de taxas (O IPI e o ICMS deles) para os elétricos, somada aos altos impostos para modelos convencionais, faz com que, na Noruega, um Nissan Leaf seja vendido pelo equivalente a R$ 98 mil - o mesmo valor de um VW Golf 1.4 a gasolina.
Estas isenções, contudo, deverão dar lugar a um subsídio sujeito a um teto. Além disso, os prefeitos e os conselhos de cada cidade terão direito a decidir se os elétricos poderão oupar as faixas seletivas de transportes públicos e usar estacionamentos gratuitamente
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