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As equipes de busca e resgate dos destroços do voo 9525, da Germanwings, encontraram nesta quinta-feira a segunda caixa-preta do Airbus A320, informou o promotor de Marselha, Brice Robin. Novas descobertas mostraram também que o copiloto Andreas Lubitz pesquisou métodos de suicídio e funcionamento de portas de cabine, e que sofreu recaída depressiva.
Com o encontro da caixa-preta afundada em uma ravina, os registros do voo serão analisados pelos investigadores e poderão ajudar a decifrar se ele efetivamente derrubou o avião. A caixa-preta que contém os parâmetros de voo pode mostrar, através do registro de controles acionados pelos pilotos e o desempenho da aeronave, se Lubitz acionou algum comando propositalmente para derrubar o avião.
A primeira caixa-preta, encontrada horas após o acidente, revelou as gravações de voz da cabine. Foram elas que ajudaram a decifrar que o piloto Patrick Sonderheimer ficou fora da cabine e tentava arrombar a porta do cockpit.
Robin afirmou em uma coletiva posterior que Lubitz teria deliberadamente proibido a entrada de Sonderheimer, acionando manualmente mecanismos que negavam o acesso, mesmo com códigos de emergência.
A promotoria afirmou ainda que 150 amostras de DNA foram encontradas — o mesmo número de vítimas. Falta apenas a identificação. Um total de 40 celulares "em péssimo estado" foram encontrados.
COPILOTO TERIA SOFRIDO RECAÍDA E PESQUISOU SUICÍDIO
Segundo a promotoria alemã, nesta quinta-feira, foi encontrado um tablet no apartamento de Lubitz que continha buscas sobre métodos de suicídio e funcionamento de portas de cabine. As buscas seriam recentes, de dias antes do desastre.
De acordo com o promotor Christopher Kumpa, Lubitz teria pesquisado sobre como funcionaria a trava dos aviões da Airbus, o que fortalece ainda mais a tese de que a derrubada do avião foi intencional. Ele analisou até normas de segurança para o travamento.Outras consultas de Lubitz com vários médicos foram levantadas. Elas poderiam tratar do suposto problema ocular do copiloto que poderia afastá-lo da profissão. Segundo o "Bild", ele tomava remédios prescritos para problemas de sono, ataque de pânico e e ansiedade, como lorazepam. Seu problema ocular seria psicossomático.A CNN afirmou que Lubitz efetivamente temia a perda da carreira. Ele também teria sofrido uma recaída depressiva em 2014.A Germanwings afirmou nesta quinta-feira que não tinha conhecimento do episódio de profunda depressão do piloto que o afastou do treinamento entre 2008 e 2009, informou um comunicado. A Lufthansa havia afirmado dias antes que recebeu e-mails do copiloto sobre o tema.distribuído sem autorização.
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