Claudio e Representações Ltda.sou um representante comercial

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Mundo:Navio com cerca de 700 imigrantes naufraga no Mar Mediterrâneo:

Foto:Divulgação:POR 

ROMA — Entre 700 e 950 imigrantes ilegais podem ter morrido no naufrágio de um barco perto da costa da Líbia na madrugada deste domingo, no que pode ser a pior tragédia ocorrida no Mediterrâneo no pós-guerra — o naufrágio na Lampedusa, em 2013, deixou 366 mortos e 20 desaparecidos. Se confirmado o desastre, o número total de mortos desde o começo do ano subirá para mais de 1.500 — somente na semana passada, cerca de 400 pessoas morreram tentando chegar a Itália.
O naufrágio aconteceu depois de uma semana já marcada por centenas de mortes no mar, ocorridas em acidentes semelhantes nos dias anteriores. Inicialmente, falava-se de até 700 pessoas a bordo, mas um sobrevivente elevou o número a 950, incluindo 50 crianças e 200 mulheres. Só 28 pessoas foram resgatadas, além de 24 corpos. Os passageiros vinham de países como Argélia, Egito, Somália, Nigéria, Senegal, Gana e Bangladesh, entre outros.
— Muitos migrantes foram trancados em porões em níveis mais baixos do barco — disse um sobrevivente, segundo a imprensa local. — Os traficantes fecharam as portas para impedi-los de sair.
A tragédia levou o Papa Francisco a fazer o segundo apelo à comunidade internacional em menos de 24 horas.


— São homens e mulheres como nós, em busca de uma vida melhor. Famintos, perseguidos, feridos, explorados, vítimas da guerra. Eles estão procurando a felicidade — disse, a milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, para a oração do Angelus.
O barco pesqueiro afundou levando mais de 700 pessoas a bordo, de acordo com os 28 sobreviventes resgatados por um navio mercante português. Sem citar números, as equipes de resgate italianas indicaram que a embarcação, de 20 metros de comprimento, tinha capacidade para transportar várias centenas de pessoas. No total, 17 navios da Marinha e da Guarda Costeira da Itália, navios mercantes e um barco de patrulha de Malta, bem como aeronaves militares, estavam envolvidos na operação de busca e salvamento.
— Eles estão literalmente tentando encontrar pessoas vivas entre os corpos flutuando na água — disse o premier de Malta, Joseph Muscat.

A embarcação, que partiu do Egito e pegou os imigrantes num porto da Líbia, perto da cidade de Zuwara, lançou um aviso de socorro durante a madrugada, captado pela Guarda Costeira italiana, que rapidamente alertou um cargueiro português na área. Quando o navio chegou ao local — a 110 quilômetros da costa da Líbia e cerca de 180 quilômetros ao sul da ilha italiana de Lampedusa —, a tripulação avistou o barco fazendo água. Segundo o porta-voz do Acnur, todas as pessoas correram para o mesmo lado, fazendo o barco virar.



ONDA DE IMIGRAÇÃO ILEGAL




A Europa enfrenta um desafio sem precedentes com a nova onda de imigração. Apenas no primeiro trimestre, quase 57,3 mil ilegais chegaram ao continente — praticamente o triplo do mesmo período de 2014, ano em que já haviam sido quebrados todos os recordes. Diariamente, a Guarda Costeira italiana ou navios mercantes resgatam uma média de entre 500 e mil pessoas. Em uma semana, mais de 11 mil chegaram a ser resgatados. Mas, segundo analistas, os líderes europeus continuam encarando o problema humanitário com uma resposta meramente policial.


 — Deter os barcos de imigrantes não acaba com o problema e provocará enormes custos humanitários. A Europa deveria unir forças com uma política externa e de segurança robusta num momento crítico para a coesão europeia — afirmou ao “El País” Giovanni Grevi, diretor do centro de estudos Fride.

A UE mantém atualmente o Triton, novo programa de proteção de fronteiras substituto do Mare Nostrum, mais abrangente e que acabou cancelado no ano passado porque alguns políticos acreditavam que ele encorajaria os imigrantes a deixar seus países. O sistema atual funciona num limite de cerca de 50 quilômetros da costa da Itália.



— Este desastre confirma a urgência de restaurar uma operação de salvamento no mar e estabelecer vias legais críveis para chegar à Europa. Caso contrário, as pessoas que procuram segurança continuarão a morrer no mar — disse o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mundo: Jornais dos EUA e Europa tratam Lula como preso político e falam de fim da democracia no Brasi

A percepção da imprensa internacional sobre a prisão do ex presidente Lula tomou forma. Ela lê o episódio como uma ação "ignominios...