Gilzete nomeou e exonerou Néu do Gás: resolução do PSB poderia fazê-lo incorrer em erro, afirma fonte
Uma grave crise interna, cuja dimensão ainda não pode ser avaliada, ameaça a continuidade dos vereadores Adinilson Pereira e Gilzete Moreira no Partido Socialista Brasileiro/PSB. Em reunião recente da executiva partidária, dirigida pelo presidente Elve Cardoso Pontes, ficou definida a convocação do Conselho de Ética para instauração de um processo de expulsão do vereador Gilzete Moreira por suposta prática de descumprimento da resolução interna que prevê a nomeação dos suplentes nos gabinetes de vereadores eleitos pela legenda.
Em resumo, no caso em tela, Gilzete teria a obrigação partidária de comportar em seu quadro de assessores o ex-vereador Néu do Gás, primeiro suplente do PSB; Adinilson, por seu turno, estaria compelido a nomear Eunápio Novais, popular Napinho. Ambos os vereadores discordam frontalmente da resolução e se negam a cumpri-la. No entanto, eles já haviam nomeado os dois suplentes, que foram exonerados porque, segundo fontes, havia o temor de se configurar uma espécie de “funcionários fantasmas”, ou seja, que recebem sem executar o serviço por ter sido um acordo político interno do partido. “É uma coisa inaceitável, configura até improbidade administrativa”.
Adinilson exonerou Napinho, portanto, estaria, em tese, na mesma situação de Gilzete
Fontes afirmaram ao Blog do Fábio do Fábio Sena que o vereador Gilzete Moreira ainda não foi formalmente notificado do procedimento partidário, o que ocorreria somente depois de instalado o Conselho de Ética. A mesma fonte assegura que a conduta do partido configura perseguição política e que o próprio partido poderá ser acionado na Justiça em função disso.
Ainda assim, ao que tudo indica, a relação entre o parlamentar e algumas lideranças de seu partido estão estremecidas o suficiente para inviabilizar uma convivência harmônica depois de sucessivos desgastes e dissensões internas. “Acho que será melhor para todos, para o partido e para Gilzete, acabar essa relação”, disse a fonte, acrescentando que “não há razão nenhuma para expulsão, pois não ficaria bem para a imagem de ninguém”.
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