O prefeito Guilherme Menezes, médico por formação, foi sempre, inclusive na condição de deputado federal (ele foi o relator da Emenda 29), contrário ao famigerado corporativismo dos médicos. Talvez por isso mesmo tenha conseguido levar adiante um dos mais complexos movimentos do governo municipal: a municipalização da saúde de Vitória da Conquista, realizada em seu primeiro mandato. Enfrentando, como de resto a grande maioria dos gestores brasileiros, a dificuldade que há para contratação desses profissionais para atuarem no Sistema Único de Saúde\SUS, Guilherme demonstrou a dimensão do problema com um desafio a um grupo de médicos residentes que protestavam contra o programa Mais Médicos, do Governo Federal: ”Mande procurar a secretaria de saúde aqui presente quem tem um médico para trabalhar na atenção básica que contrataremos ainda hoje. É muito fácil criticar, principalmente quando não se conhece a realidade, quando se ignora a verdade”, disse o prefeito durante solenidade de posse da nova diretora do Hospital de Base, Marilene Ferraz.
Guilherme lembrou que, ao assumir o comando do município, toda a população de Vitória da Conquista era atendida por oito médicos apenas, número que subiu para mais de 200, atendendo em todos os setores da saúde. “E, às vezes, dizem que o Brasil não precisa de médicos. Nós temos 36 equipes de saúde da família e está faltando médico. Temos o compromisso de criar 50 equipes de saúde da família e não encontramos médicos. E há aqueles do discurso fácil de que não falta médico no país, e quando nós, prefeitos, nos encontramos em Brasília, a frase que mais se usa é “cadê o médico?”, inclusive foi essa frase levada à presidente Dilma Rousseff, pela Frente Nacional de Prefeitos, porque esta é a frase mais ouvida pelas pessoas do campo e da cidade. E quando o governo busca um caminho para a solução compartilhada dizem que no Brasil não falta médico. Mas cadê o médico?”
Fonte do Fabio Sena
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