Claudio e Representações Ltda.sou um representante comercial

terça-feira, 28 de abril de 2015

BRASIL:FOTOGALERIA: RELEMBRE A CARREIRA DE ANTONIO ABUJAMRA

Foto:Divulgação O Globo: // Blog ACBG:
Antonio Abujamra como o bruxo Ravengar, em 'Que Rei Sou Eu?' 


Mais conhecido como Abu, destacou-se no início dos anos 1960, inserido no panorama teatral paulistano. Na época, estava voltando ao Brasil após passar um período estudando teatro na Europa — passou por Madri, Paris e Berlim, onde estagiou na Berliner Ensemble, a companhia criada por Bertolt Brecht. Sua estreia como diretor profissional foi com "Raízes", de Arnold Wesker, no Teatro Cacilda Becker.
Ainda naquela década, à frente do Grupo Decisão, Abujamra buscou uma linha muito pessoal na direção, e seu grupo apresentou uma série de espetáculos provocantes, a maioria de cunho político. Ele foi o primeiro a trazer para o Brasil as obras de Harold Pinter, com "O encarregado" e Arnold Wesker, com "Raizes", este montado com Cacilda Becker, a maior atriz da época, que ouvira falar do talento do novo diretor.

Embora continuasse com base em São Paulo, também fincou raízes no Rio. Foi na cidade que venceu o Prêmio Molière por "Um certo Hamlet", com Cláudia Abreu, Vera Holtz e outros. Era o ponto de partida da companhia Os Fodidos Privilegiados, que renderia outro prêmio ao diretor (o Shell de 1997 por "O casamento", ao lado de João Fonseca).
Também no Rio, dirigiu a famosa montagem de "Antígona", com Glauce Rocha, que provocou um dos incontáveis conflitos com a censura nos anos da ditadura. Também sofreu com a proibição de, entre outras peças, "O berço do herói" (base da novela "Roque Santeiro"), de Dias Gomes, em 1965, e "Abajur lilás", de Plínio Marcos, em 1975.
Em 2012, Nicette Bruno, dirigida por ele nada menos de 14 vezes ao lado do marido Paulo Goulart, exaltou o trabalho de Abujamra na ocasião de seus 80 anos. "É uma das figuras mais importantes do teatro moderno brasileiro. São impressionantes sua cultura e sua criatividade. Cada trabalho que fazíamos juntos era como se fosse a primeira vez, porque ele propunha exercícios muito diferentes".
Apesar de nunca abandonar os palcos, passou a trabalhar com televisão desde cedo. Apresentava desde 2000 o programa "Provocações", exibido sempre às terças, na TV Cultura, que foi seu principal lar nas telas. Nesta terça-feira, será exibida a entrevista com a dupla que criou a página "SP invisível" no Facebook. O programa foi gravado em dezembro 2014 e vai ser exibido às 23h30m.





Sua estreia como ator profissional veio só quando já era cinquentenário, encarando um espetáculo solo, "O contrabaixo", que apresentou por oito anos ininterruptos. Na TV, além de ser apresentador, ficou conhecido do grande público ao interpretar o bruxo Ravengar na novela "Que rei sou eu?", da TV Globo, no fim dos anos 1980. Em 2012, atuou na novela "Corações feridos", do SBT, onde também dirigiu "Os ossos do barão", em 1997.
Uma das grandes fases da carreira do diretor Antonio Abujamra se deu nos anos 1990, quando ele esteve à frente do grupo Os Fodidos Privilegiados, no Rio. Poucas vezes tivera tanto reconhecimento de público e crítica.
Antonio Abujamra deixa dois filhos, Alexandre e André, e dois netos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mundo: Jornais dos EUA e Europa tratam Lula como preso político e falam de fim da democracia no Brasi

A percepção da imprensa internacional sobre a prisão do ex presidente Lula tomou forma. Ela lê o episódio como uma ação "ignominios...