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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

domingo, 7 de dezembro de 2014 A SALA DE AULA E O PROFESSOR

Por Dedé Rodrigues
 Alunos dos 2 º Ensino Médio - B
 O Festival de Interpretação de Prosa e Poesia, o (FIPP) realizado na Escola Arnaldo Alves Cavalcanti no final de novembro de 2014 mostrou mais uma vez quanto os nossos alunos são criativos, principalmente quando eles têm a liberdade e o apoio que precisam para criarem e apresentarem as suas artes. Nesta matéria quero fazer uma homenagem aos alunos do 2º Ensino Médio B que conseguiram apresentar uma peça teatral criada por mim, cuja peça, é uma ficção em versos denominada “A Sala de Aula e o Professor”.  A história tem como conteúdo ensinamentos do SISMEDIO (Curso que estamos fazendo na Escola) e procura mostrar, que mesmo numa situação adversa, como esta sala de aula imaginária e muito desafiadora, com muitos problemas,  o professor,  como (EDUCADOR),  precisa ter paciência, muito amor aos alunos e uma boa relação com eles para poder ter sucesso na difícil e complexa tarefa de educá-los.




A SALA DE AULA E O PROFESSOR
1ª PARTE
NARRADORA:
Era uma vez uma escola
Num certo lugar do mundo
Que pensava a sua prática
De um jeito tão fecundo
Que o seu corpo docente
Amava o corpo discente
Com um sentimento profundo.
NARRADORA:
Nesta escola, meus amigos!
Havia democracia
Todo mundo se juntava
Na escola e discutia
Qual era o projeto certo
Pra ela chegar mais perto
Da plena cidadania.
NARRADORA:
Dentro da sala de aula
Desta escola tão querida
Também havia conflitos,
Como há conflitos na vida,
Nesta hora o professor
Mostrava que tinha amor
Pra curar qualquer ferida.
NARRADORA:
Na mesma sala de aula
Tem alunos desiguais
Tem uma aluna gremista
Que luta por ideais
De amor e liberdade.
Na busca por igualdade
Ela sempre cobra mais.

ENTRA A ALUNA GREMISTA:

Boa tarde meus amigos!
Sou do Grêmio Estudantil
Que defende os estudantes
Contra qualquer ato hostil.
Mas eu prego a união
Em prol da educação
Do meu querido Brasil.
ALUNA GREMISTA:
Quero dar viva à escola
Pela nossa autonomia,
Pois aqui a gente busca
A plena cidadania,
Pois uma escola ideal
Trabalha o ser integral
Dentro da democracia!  
NARRADORA:
Também na sala de aula
Tem outra aluna bonita
Que é negra com orgulho
Chamada de expedita.
Quando sofreu preconceito
Defendendo o seu direito
Entrou em cena a gremista.

Foi nesta hora que Ambrósio
Entrou “na” sala bufando
Repara pra Expedita
E vai logo discriminando:
 “Junto desta nega feia
Eu prefiro ir pra cadeia
Do que ficar estudando”.
GREMISTA
Tenha nervo meu colega
Não perturbe a nossa paz
A lei foi feita pra todos
Respeite a moça rapaz!
Em nome da igualdade
Viva! Viva! A liberdade
Que os direitos são iguais.
  NARRADORA:
Na mesma sala de aula
Tem um aluno “especial”
Que está apaixonado
Por um colega “ideal”.
O outro além de manhoso
Ficou sem jeito e dengoso
Caidinho e coisa e tal.
HOMOSSEXUAL ( 1)
E aí meu gostosão!
Vamos fazer amizade
Dar uma volta por aí
Conhecer mais a cidade!
Meu corpo está tremulando
Meu coração palpitando
Quero ser sua beldade.
 HOMOSSEXUAL (2)
Eu não sei como explicar
Por que sinto esta atração
Por alguém do mesmo sexo
Isto é correto ou não?
Será isto natural?
Doença sexual?
Ou é amor e paixão?
HOMOSSEXUAL ( 1)
Fique tranquilo querido
É normal nossa atração
O que sinto você
É o efeito da paixão.
Ninguém explica o amor,
Que não tem forma e nem cor.  
São coisas do coração!
  NARRADORA:
Tem outra aluna na sala
Que o nome dela é Rosa.
Amiga de todo mundo
Muito meiga e carinhosa
Esta loira atraente
Parece a luz do oriente
Que brilha de tão formosa.  
  NARRADORA:
Tem um rapaz lá no canto
Que quer namorar com ela,
Se penteia e se levanta
E vai ao encontro dela:
ALUNO APAIXONADO
Olá minha perdição
Chegue cá minha paixão
Minha branca cinderela. 
 NARRADORA
Ela ficou tão vidrada
Com o rapaz assanhado
Que se deixou abraçar,
O corpo ficou gelado,
Os dois ficaram juntinhos
Trocando muitos carinhos
Pois estavam apaixonados.
NARRADORA
Neste momento entra Afonso
Fumando o seu baseado
Com o cigarro no bico
Fumaça pra todo lado.
Ninguém aguenta a catinga
Que fede mais do que pinga
A fumaça do danado.
ALUNO COM BASEADO
E aí galera boa!
Eu sou um cara legal,
Pois fumo meu baseado
Pra levantar meu astral
Meu negócio é amizade
E muita felicidade
Sou do bem! Não sou do mal.

NARRADORA
Chegou também neste dia
Um aluno embriagado
Do lado tinha um colega
Que entra todo assustado
Contra dois “machos se amando”:
Vai logo discriminando:
BÊBADO 1
“Que diabo é isto minha gente
Eu tô cego ou tô demente?
 BÊBADO (2) ASSEDIA ALUNA
Mas que garota bonita
Coisa linda minha gente
Parece uma pérola negra
Que está na minha frente
Venha cá meu amorzinho
Deixe eu lhe dar um beijinho
Nestes teus lábios ardentes?
ALUNA ASSEDIADA
Sai fora aí meu rapaz
Tenha respeito comigo
Você não faz o meu tipo
Também não é meu partido!
Homem que bebe demais
Além de ser incapaz
Não presta pra ser marido.
NARRADORA
Pra completar esta turma
Chegaram alguns aloprados
Enrolando os seus papéis
Jogando pra todo lado
Nesta confusão sem fim
A cena termina assim:
Neste local bagunçado!
2ª PARTE
Enfim chegou a docente
PROFESSORA:
E aí galera boa!
Como é que tá meu irmão?
Mas que casal tão bonito
Nesta sala está escrito
Viva a paz e a união!
ALUNO COMPORTADO:
Com licença professora!
Aqui só tem confusão:
Tem gente fumando droga,
Muita discriminação...
Tem este casal sarrando...
Um “bebo” ali vomitando...
Isto é uma esculhambação!
PROFESSORA
Tenham calma meus alunos
Me respondam uma questão:
O que vocês querem aqui
Não é mais educação?
Façam o favor de sentar
Para a gente conversar!
Pra tudo tem solução!
PROFESSORA
Vamos fazer um acordo
Sem estresse ou depressão?
Ao invés da gente brigar...
Apelar pra expulsão...
Vamos formar uma corrente
Que bote a escola pra frente
Em prol da educação?
PROFESSORA
Aquele que concordar
Por favor levante a mão!
Dê boa tarde ao colega
Pra mostrar educação.
Volte para o seu lugar
Para poder estudar
Sua primeira lição.
GREMISTA
Dá licença professora
Posso ajudar à senhora?
PROFESSORA
Pode vir querida aluna,
Pois quem sabe faz a hora
Não espera acontecer
Pra mim será um prazer
Entre no debate agora!
GREMISTA
Pra você ficar esperto
Em vez de ficar doidão
Use a droga pra doença
Não abuse dela, não!
Até a nossa água fria
Quando usada em demasia
Prejudica o cidadão.
PROFESSORA
Todo problema da droga
Tem relação com o seu uso
Se você usar demais
Vai ficar doido ou confuso,
Mas se usa pra remédio
Pode até curar seu tédio
Quando usada sem abuso. 
GREMISTA
A maconha é uma droga,  
Junta com álcool e cigarro
Se você fuma demais
Pode bater com o seu carro,
Ficar doente, sem cura
E doidão nesta aventura
Vai mais cedo comer barro.
PROFESSORA
Mas se você usa droga
Pra se livrar da fadiga
A maconha para o câncer
O remédio pra bexiga
Vinho seco pra gordura...
A droga pode ser cura
Até pra dor de barriga.
GREMISTA
Tem a droga do racismo
E a droga do preconceito
Que já matou muita gente
Tirando a vida e o direito.
Conheça mais da história
Que alimenta a memória
Para mudar seu conceito. 
PROFESSORA
Quem pratica homofobia
Desrespeita o cidadão
Esta droga no Brasil
Também mata meu irmão!
É crime discriminar
A lei pode lhe pegar
E jogá-lo na prisão.
GREMISTA
A mesma coisa acontece
Com a prática do racismo
Discriminando o colega
Alimentando o Fascismo.
No passado muita gente
Morreu por ser diferente
Sob o jugo do Nazismo.
PROFESSORA
Mostrem agora com um gesto
Que aprenderam a lição!
Apanhem os papéis da sala
E coloquem no cestão. 
Abracem o seu vizinho,
Pois o amor e o carinho
Mata a discriminação.
PROFESSORA
Deixe eu abraçar vocês
Como se abraça um irmão!
Tratemos todos iguais
Pra viver em comunhão.
É normal ser diferente,  
Pois na escola da gente
Respeito é educação.

TODOS SE ABRAÇAM E
SALDAM O PÚBLICO...
NARRADORA
Nós tentamos lhes mostrar
Por meio duma ficção
Que nesta sala de aula
Com toda essa confusão
Não faltou nela o amor
Entre aluno e professor
Na busca da solução.
NARRADORA
Vocês devem ter notado
Outro detalhe em questão:
A linguagem da docente
Conclamando a união.
 Ela altera aquele clima
Cria uma espécie de imã
E uma nova relação...
NARRADORA
A nossa humilde mensagem
Busca outra educação
Na qual só duas palavras
Provoca a revolução:
Uma palavra é o AMOR
Que alimenta o professor.
A outra é a RELAÇÃO...

Por Dedé Rodrigues
Tabira, EAAC, 05 de novembro de 2014.
Agradecimento especial aos alunos do 2º Ensino Médio -  B – Escola Arnaldo Alves Cavalcanti. Tabira –PE.

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