Hoje, o movimento
deflagrado pelo MPL nos grandes centros urbanos, principalmente em São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, nos apresentam alguns
questionamentos. São reações frente aos anos de governo Lula/Dilma?
Falta de contextualização e envolvimento
da juventude nos investimentos na infraestrutura urbana, no social e na
geração de emprego? Poucas discussões sobre as melhorias no transporte e
na mobilidade urbana? Investimentos nas indústrias, principalmente a
automobilísticas, sem voltar para os transportes de massa? Respostas
insuficientes às denúncias de corrupção envolvendo agentes políticos,
servidores e empresários que prestam serviço para a população?
Estas questões, sem as devidas respostas pelos governos, nas três esferas, geram questionamentos. E, do outro lado, Globo/Folha/Veja aproveitaram nos últimos anos, e agora com as manifestações do MPL e lança golpe contra o governo e a democracia brasileira.
Estas questões, sem as devidas respostas pelos governos, nas três esferas, geram questionamentos. E, do outro lado, Globo/Folha/Veja aproveitaram nos últimos anos, e agora com as manifestações do MPL e lança golpe contra o governo e a democracia brasileira.
Ao analisar
a história recente da democracia brasileira, a juventude e população
brasileira mobilizada precisa dar um troco na Rede Globo. Porque, como
um dos âncoras da Globo, Alexandre Garcia, marionete e fantoche da elite
burguesa donos dos principais veículos de imprensa do país, convoca aos
manifestantes, a aderir e golpear o país e o governo. Porque esse
interesse da Globo? E aí precisamos destacar fatos como ocorreram queda
de governos nos últimas.
Você tem conhecimento, como caiu o governo
João Goulart golpeado em 1964? Após denuncias de corrupções e forte
debate no Congresso Nacional, a Globo/Folha/Veja aproveito de
manifestações e junto com os militares deu o golpe no governo Jango,
fechou o Congresso Nacional e instalou um dos períodos mais sangrento e
covarde da nossa historia política. O governo militar que após 20 anos
de massacres, mortes e sumiços de liderança dos movimentos sociais e
militantes da esquerda, tirando a liberdade dos brasileiros, abrindo os
cofres e injetando dinheiro na Globo/Folha/Veja com o objetivo de
disseminar o terror e fazer lavagem cerebral nas mentes dos cidadãos
brasileiros com o jargão do desenvolvimentismo, do crescimento e das
conquistas - vide copa de 1970 – implantou a Ditadura Militar.
Mesmo com todas as ações truculentas dos militares, os movimentos
explodiram – estudantes, trabalhadores do campo e cidade, intelectuais,
religiosos nas ruas - muitos vitimados, no entanto houve a resistência e
combate na investida da policia e dos militares. Muitos desses
brasileiros se ergueram barricadas e diversos levantes populares tomaram
as ruas – sindicatos, trabalhadores rurais, estudantis.
Resultado.
Em 1984 após o movimento “Diretas Já”, a bandeira da redemocratização
rompeu a truculência da Ditadura Militar. Quem estava de prontidão como
defensores da verdade, liberdade de expressão e fervorosos em um novo
governo democrático, a Globo/Folha/Veja com quais objetivos? Os mesmo
que essa elite vem explorando séculos sobre séculos o povo e a riqueza
do nosso país.
O que a Globo/Folha/Veja conseguiu, mudar o governo
apenas de fachada – trocar o desgastado, Governo Militar/Ditadura, por
outro novo – Tancredo Neves(anseio do povo - morto), Sarney e depois
Collor. Estes governos tiveram curta duração. Não menos que 10 anos,
rastreado denúncias de corrupção, de inflação, mordomias com o caçador
de “marajás”, isto é, dinheiro da poupança do povo brasileira mais
pobre, porque ricos não têm dinheiro em poupanças. Estou certo ou não?
Qual foi o resultado, movimento na rua, “caras pintadas”, CPIs e o
chamado impeachment do Collor. Que termo bonito. De houve veio? E quem
implantou no Brasil? Isso não foi idéia da Globo/Folha/Veja? Tem
dúvidas? O Collor caiu, no dia seguinte Itamar apossou da presidência
do Brasil e os desmandos, os caras pintadas, a crise, a inflação
sumiram. O boneco, o fantoche Itamar, aquele do fusquinha e da namorada
sem calcinha fotografada no carnaval do Rio de Janeiro, fez um governo
ladeado pelo novo - Plano Real, mudança de moeda e um país com
privatizações. O Itamar foi apenas mais um para passar o bastão, a faixa
presidencial para o representante da elite burguesa, preparado pela
Globo/Folha/Veja. O FHC e seu pacto neoliberal, o pai do plano real, que
num passe de mágica, tirou o Brasil do buraco – do desgoverno de
Collor, caçador de marajás tão pintado pela Globo/Folha/Veja e depois
“demitido”.
Qual foi o resultado do governo FHC? Arrocho para os
trabalhadores, Estado Mínimo com a violenta política neoliberal, crises e
mais crises em que o país continuava sendo vendido e de joelhos para o
Banco Mundial, FMI; privatizações das empresas nacionais. Só não
privatizaram a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal
porque houve uma reação da população brasileira. Mesmo assim parte da
Petrobrás foi vendida. E, sem a manifestação do povo, essas empresas não
seriam mais da nação brasileira.
Após 08(oito) anos de governo FHC,
o mesmo que tinha a Rede Globo/Folha/Veja com aliado, sendo liberadas
concessões e mais concessões de canais de TV e rádios Brasil afora aos
políticos ligados a partidos da base de FHC – PSDB/DEM – compraram
deputados para reeleição; deixaram um rasto de sucateamento dos serviços
essenciais para o povo: estradas, portos e aeroportos em todos os
cantos do Brasil em péssimas condições – só buracos, vide BR 116 e 101
que cortam a Bahia em 1998 a 2001 – a saúde e educação em crise tanto
infraestrutura, no quadro de profissionais, no atendimento e falta de
investimento com novas unidades – durante os oitos anos cursos de
medicinas, universidades e escolas técnicas não foram criados, bem como a
não realização de concursos, assim foi o governo FHC. Também sofreram e
muito os trabalhadores brasileiros do campo e da cidade tiveram cortes
de direitos, desregulamentação e tentativa de fragmentação da
organização sindical, operária e camponesa.
Por outro lado, a elite
burguesa, a grande indústria do aço, da comunicação, de energia, o
agronegócio e a mídia (família Marinho, Civita e Frias), continuou a
faturar e acumular mais riquezas aprofundando ainda mais a desigualdade
no país. Enquanto as velhas oligarquias e a elite burguesa, sobretudo a
da região sudeste ficaram cada vez mais rica, e a população mais pobre
ficaram mais na miséria e com crescente número de exclusão social na
pobreza extrema. Aliados a essa realidade, entre 1995 a 2002, as altas
taxas de desempregos, juros e também inflação.
Resultado, o povo nas
ruas e gritando Fora FHC. É claro que sem a cobertura da
Globo/Folha/Veja, que condenava os movimentos como ações de partidos de
esquerda e houve naquele período uma forte repreensão da policia aos
movimentos.
Veio as eleições de 2002 e o Lula venceu o candidato de
FHC. Esta vitória trouxe esperanças, porém chegou acompanhada de parte
das velhas oligarquias e da mídia burguesa. Concessões para o capital e
coalizão de forças no Congresso Nacional de direita para governar. Hoje
temos os desdobramentos, mesmo com os avanços e conquistas que o povo
brasileiro vem obtendo.
Esta coalizão que o governo Lula conseguiu e
ampliado no Governo Dilma trouxe para si partidos até então aliados de
FHC/PSDB/DEM. Esta mistura, bem como o afastamento dos movimentos
sociais vem fragilizando as ações do governo Dilma em atender as grandes
questões que pautam nos anseios da sociedade: reforma política,
tributária, reforma agrária e urbana, recursos para a saúde e educação e
investimentos na infraestrutura do país.
Hoje, o movimento
deflagrado pelo MPL nos grandes centros urbanos, principalmente em São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, são reações aos anos
de governo Lula/Dilma, que mesmo tímidos investiu na infraestrutura
urbana, porém deixou de lado as melhorias no transporte e na mobilidade
urbana.
Por outro lado, investimento e a desoneração fiscal para a
indústria automobilística, traz o caos nos grandes centros. O que
aconteceu, a explosão, o sufocamento e a eliminação do direito de ir e
vim. Cadê os investimentos nos transportes de massa? Porque não romper
com a indústria automobilística e investir em ferrovias, vias de metrôs
ou transportes alternativos de massas com ônibus mais modernos.
Esta
reflexão quanto as manifestações, sem fechar os olhos para a realidade e
a conjuntura, trás alguns ensinamentos e lições: primeiro romper com as
estruturas capitalistas dominantes e, sobretudo arcaicas não é fácil e
ainda mais ao se adentra a elas, ou por dentro delas, fica mais difícil
sair; e segundo é que dentro dessa estrutura, é muito mais fácil se
enrolar, tropeçar e até cair, portanto, agora é chegado o hora de por
dentro saber o momento de desenrolar este emaranhado de conflitos que o
governo Dilma se encontra; e por último, esses movimentos, do MPL justo,
porém infiltrado, aflorado e inflamado por uma elite burguesa e risca
as faíscas pela Globo/Folha/Veja, naquilo que mais mexe com os brios de
qualquer ser humano, o bolso, o maldito capital, igual a corrupção e
desonestidade. Resultado: quem será o alvo? Os partidos e os políticos
que são vitrines – o governo, a Dilma.
E por fim devemos mover os
movimentos para o fim das manifestações ou com os ensinamentos, lições
arremeter com pautas definidas, envolvendo as instituições constituídas,
os partidos e os movimentos sociais e incorporar com o melhor do MPL e
levantar os grandes temas que o povo brasileiro almeja: maiores
investimentos na saúde e educação com 10% do PIB, reformas agrária,
urbana, tributária e mudanças profundas na legislação eleitoral, no
poder judiciário e nos meios de comunicações. O povo precisa ser
envolvido nestes grandes temas políticos e retirar da Globo/Folha/Veja o
desejo de GOLPEAR O PAÍS E OS BRASILEIROS, O GOVERNO E A DEMOCRACIA.
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